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Mulher Condenada a 13 Anos de Prisão por Matar Filho Recém-Nascido na Mealhada

Crime – Foto Rumores

O crime chocante ocorreu na Mealhada, onde a mulher ocultou o corpo do bebé em sacos de plástico e o abandonou num caixote do lixo. A decisão do Supremo Tribunal manteve a condenação já determinada pelo Tribunal da Relação de Coimbra e pelo Tribunal de Aveiro.

A mulher, mãe de duas crianças de 11 e 15 anos, escondeu a gravidez de todos, incluindo do namorado, família e colegas de trabalho. Para ocultar a gestação, usou roupas largas e evitou qualquer tipo de acompanhamento médico. No dia 25 de julho de 2022, após dar à luz um bebé saudável, Inês sufocou a criança, colocou-a dentro de três sacos de plástico e descartou o corpo no lixo. O recém-nascido foi encontrado sem vida cerca de cinco horas depois.

Durante o julgamento, a defesa argumentou que o crime deveria ser enquadrado como infanticídio, mas essa tese foi rejeitada. Uma perícia psiquiátrica concluiu que a mulher agiu de forma deliberada e consciente, sem qualquer perturbação emocional ou psicológica que comprometesse a sua capacidade de decisão.

Os juízes do Supremo Tribunal sublinharam que Inês C. poderia ter considerado alternativas, como a entrega do bebé para adoção ou acolhimento, mas escolheu uma atitude de extrema indiferença em relação à vida e às suas responsabilidades parentais. A sentença de 13 anos de prisão foi considerada proporcional à gravidade do crime, servindo para reforçar a reprovação social e garantir a prevenção geral e especial do delito, além de possibilitar a futura reintegração da ré.

O caso gerou grande indignação pública, especialmente após a revelação de que a mulher chegou a negar os rumores sobre a gravidez numa publicação no Facebook, alegando que sua vida era pessoal e que não era “nenhuma irresponsável”. O laudo médico confirmou que o bebé morreu por asfixia entre quatro a seis horas após o nascimento, reforçando a brutalidade do crime.