Morreu Émilie Dequenne aos 43 anos: Atriz belga perdeu batalha contra cancro raro

A vencedora da Palma de Ouro e do César de Melhor Atriz Secundária faleceu no hospital Gustave Roussy, em Paris
A atriz belga Émilie Dequenne, conhecida pelos seus papéis intensos e emocionantes no cinema francês e belga, faleceu este domingo, aos 43 anos, após uma dura batalha contra um carcinoma adrenocortical, um tipo raro de cancro que afeta as glândulas suprarrenais. A notícia foi confirmada pela sua família e pelo seu agente, deixando a indústria cinematográfica em choque com a perda prematura de um dos seus talentos mais marcantes.
A sua carreira brilhou desde cedo, quando, aos 17 anos, protagonizou Rosetta (1999), dos irmãos Dardenne, um papel que lhe valeu a Palma de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Cannes. Com uma presença forte no cinema europeu, conquistou o público com interpretações memoráveis em filmes como O Pacto dos Lobos (2001), Les hommes du feu (2017) e Close (2022). Em 2021, recebeu o prestigiado César de Melhor Atriz Secundária pelo seu desempenho em Amores Infiéis, de Emmanuel Mouret.
Em outubro de 2023, Émilie revelou publicamente que sofria de carcinoma adrenocortical, uma doença extremamente rara, com uma incidência anual estimada entre 1 a 2 casos por milhão de habitantes. A atriz enfrentou a doença com coragem, mantendo-se próxima do público e da comunidade artística até ao último momento.
A ministra da Cultura francesa, Rachida Dati, expressou a sua tristeza pela perda da atriz, destacando o impacto das suas interpretações: “Todos nós fomos marcados pelas suas interpretações profundamente comoventes em papéis poderosos. O cinema francês perdeu, demasiado cedo, uma atriz talentosa que ainda tinha muito para oferecer.” Também os bombeiros franceses prestaram homenagem à atriz, recordando a sua atuação em Les hommes du feu, onde deu vida a uma bombeira ao lado de Roschdy Zem.
A morte de Émilie Dequenne representa uma enorme perda para o cinema europeu. O seu legado, no entanto, permanece vivo através das suas interpretações icónicas, que continuarão a emocionar gerações futuras.