Portugal perde um famoso querido morreu Carlos M..

Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes, nascido a 24 de julho de 1946 em Vila Nova da Barquinha, foi uma figura marcante na história contemporânea portuguesa. Oficial do Exército, destacou-se como um dos “Capitães de Abril”, tendo desempenhado um papel ativo na Revolução de 25 de Abril de 1974. Durante a sua carreira militar, serviu nas tropas especiais “Comandos” em Angola, Moçambique e Guiné. Após a revolução, permaneceu nas Forças Armadas até 2003, alcançando o posto de coronel na reserva Paralelamente à sua carreira militar, Matos Gomes desenvolveu uma sólida trajetória como escritor e historiador, utilizando o pseudónimo Carlos Vale Ferraz para assinar as suas obras de ficção. A sua escrita é profundamente influenciada pela experiência militar e pelos acontecimentos políticos que marcaram Portugal no século XX.Nó Cego: Considerado um romance de culto sobre a guerra colonial, oferecendo uma visão crítica e realista do conflito Os Lobos Não Usam Coleira: Adaptado ao cinema com o título Os Imortais, explora as complexidades da vida pós-revolução.A Última Viúva de África: Vencedor do Prémio Literário Fernando Namora, aborda temas relacionados com a descolonização e as suas consequências.O Gémeo de Ompanda: Um romance que mergulha nas dinâmicas culturais e sociais de África.: Uma novela que retrata a experiência dos soldados portugueses durante a guerra colonial.Além da ficção, Matos Gomes colaborou em obras de investigação histórica, como Guerra Colonial, em coautoria com Aniceto Afonso, contribuindo significativamente para o estudo da história militar portuguesa Carlos Matos Gomes faleceu a 13 de abril de 2025, deixando um legado duradouro na literatura e na historiografia portuguesa.