Tragédia em Portugal: Bebé Nasce em Ambulância e Morre Pouco Depois no Hospital

Portugal está de luto após mais um episódio trágico que expõe fragilidades do sistema de saúde. Um bebé, com apenas 26 semanas de gestação, nasceu esta quinta-feira de emergência dentro de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, mas acabou por morrer pouco depois de chegar ao Hospital de Leiria.
Segundo relatos, tudo aconteceu durante o transporte da mãe, uma mulher de 33 anos residente em Valado dos Frades, que começou a sentir contrações e perda de sangue por volta das 8h30. O INEM foi chamado de imediato e acionou os meios disponíveis para o transporte urgente até à unidade hospitalar mais próxima com bloco de partos ativo.
O parto acabou por ocorrer dentro da ambulância, a poucos minutos da chegada ao hospital. Apesar de ter nascido com sinais vitais, o recém-nascido encontrava-se em estado extremamente delicado devido à prematuridade extrema. Os profissionais de saúde tentaram reanimá-lo durante o trajeto e continuaram os esforços já dentro da unidade hospitalar, mas infelizmente o bebé acabou por falecer às 9h53.
Este é mais um caso dramático que se junta à já preocupante lista de partos realizados fora de unidades hospitalares este ano. De acordo com fontes médicas, só nos primeiros seis meses de 2025 já ocorreram dezenas de partos em ambulâncias, muitos dos quais com desfechos fatais.
A Unidade Local de Saúde de Leiria informou que foram mobilizados todos os meios clínicos e técnicos ao alcance, incluindo suporte avançado e acompanhamento por viatura médica de emergência e reanimação (VMER). Apesar disso, a situação revelou-se irreversível devido à extrema fragilidade do bebé.
A população local está em choque, e familiares da mãe manifestaram profunda dor pela perda. O caso reacende o debate sobre o acesso rápido a cuidados obstétricos em zonas com menos recursos e leva à exigência de melhorias no funcionamento das urgências hospitalares.
Num país em que o número de partos fora de unidades médicas tem aumentado, esta tragédia serve como um alerta: a urgência de reforçar os meios humanos e logísticos na saúde materno-infantil tornou-se impossível de ignorar.