Sismo de magnitude 6.7 atinge o norte

ÚLTIMA HORA: Sismo de magnitude 6.7 atinge o norte do país — pânico, danos e evacuações

Um sismo de magnitude 6.7 atingiu o norte de Portugal ao final da tarde deste sábado, provocando momentos de grande susto em várias localidades e levando milhares de pessoas a saírem de casa em pânico.

De acordo com informações preliminares do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o abalo ocorreu pelas 18h42 e teve epicentro no mar, ao largo de Viana do Castelo, a cerca de 15 quilómetros de profundidade.

Tremor sentido em várias regiões

O sismo foi sentido de forma intensa nas cidades de Viana do Castelo, Braga, Porto e Vila Real, mas também em localidades do centro do país, como Coimbra e Leiria.

Relatos nas redes sociais dão conta de móveis a cair, candeeiros a balançar fortemente e estruturas antigas com pequenas fissuras.

Em Braga, moradores da zona da Sé afirmam ter sentido “um estrondo seguido de vibrações fortes” que duraram cerca de seis segundos.

No Porto, o abalo foi descrito como “forte, seco e assustador”, com pessoas a abandonarem prédios e estabelecimentos comerciais.

Autoridades em alerta máximo

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil acionou imediatamente o plano de contingência, tendo sido mobilizadas equipa de bombeiros, GNR, PSP e INEM para verificação de danos e apoio às populações.

Até ao momento, não há vítimas mortais confirmadas, mas há registo de ferimentos ligeiros em pessoas que caíram ao tentar fugir de edifícios.

Vários municípios do norte, incluindo Esposende, Caminha, Valença e Monção, ativaram planos municipais de emergência.

Epicentro e possíveis réplicas

Os sismólogos do IPMA indicam que o epicentro do abalo se localizou numa falha submarina ativa entre o norte de Portugal e a Galiza, região que já registou pequenos sismos nos últimos meses.

Especialistas alertam que poderão ocorrer réplicas de menor intensidade ao longo das próximas horas.

A população é aconselhada a manter-se calma, a afastar-se de janelas e objetos que possam cair, e a não utilizar elevadores em caso de novo abalo.

Momentos de pânico

Em diversas localidades, o sismo foi acompanhado de cortes temporários de energia elétrica e falhas nas redes de telecomunicações.

Em Viana do Castelo, o centro histórico foi evacuado por precaução, enquanto no Porto, vários centros comerciais e cinemas encerraram temporariamente as portas.

Testemunhas relatam cenas de choros, gritos e pessoas em choque.

“Estava com os meus filhos no sofá, e de repente tudo começou a tremer. As luzes piscavam e só consegui pensar em sair de casa”, contou uma moradora da Póvoa de Varzim.

Edifícios danificados e ruas interditadas

As primeiras imagens que circulam online mostram rachas em paredes e detritos nas ruas de zonas mais antigas.

Em Barcelos, parte da fachada de um prédio antigo desabou parcialmente, sem causar feridos.

Os bombeiros estão a inspecionar pontes, escolas e hospitais, especialmente nas áreas mais próximas do epicentro.

Há também relatos de linhas de comboio suspensas preventivamente entre Viana e Nine, por precaução com possíveis deslocamentos de terreno.

Reação das autoridades

O Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado apelando à serenidade e à responsabilidade:

“As equipas de emergência estão no terreno e a situação está a ser acompanhada ao minuto. Pedimos que evitem alarmismos e confiem apenas em fontes oficiais.”

O IPMA reforça que se trata de um fenómeno raro mas previsível na região noroeste, onde existe uma atividade sísmica moderada, geralmente de origem submarina.

População recorda o susto

Nas redes sociais, multiplicam-se vídeos e testemunhos do momento do abalo.

Alguns mostram câmaras de vigilância a captarem vibrações fortes, outros revelam objetos a cair de prateleiras e pessoas a correr para a rua.

A expressão mais comum entre os habitantes é a de “susto” e “incredulidade”, já que há muitos anos não se sentia um tremor tão intenso na região norte.

Várias autarquias disponibilizaram linhas de apoio psicológico e pontos de abrigo temporário para quem tem receio de regressar às habitações.

Especialistas explicam o fenómeno

De acordo com geofísicos contactados por vários meios de comunicação, este sismo resultou de movimentos entre as placas tectónicas euroasiática e africana, uma zona conhecida por gerar abalos ocasionais.

A energia libertada foi significativa, mas felizmente a profundidade e a distância ao litoral evitaram consequências catastróficas.

Situação sob monitorizaçãoDurante a noite, o IPMA continuará a monitorizar a região, com técnicos a recolher dados de intensidade e possíveis réplicas.

As autoridades locais pedem que as pessoas verifiquem se há danos nas suas casas e evitem regressar a edifícios com rachaduras ou estruturas comprometidas até serem avaliadas por técnicos.