A pista esquecida que Fernando Valente deixou para trás e que o trama
Após o Ministério Público formalizar as acusações contra Fernando Valente, principal suspeito pelo desaparecimento de Mónica Silva, a grávida que desapareceu na Murtosa a 03 de outubro de 2023, a CMTV esteve à conversa com uma mulher que o diz ter conhecido muito bem.
Sem revelar a identidade, esta mulher diz ter sido acompanhante de luxo de Fernando Valente durante 6 anos e denotou algumas características ímpares no suspeito. Ainda assim, não deixa de reagir em choque a tudo isto, até por acreditar que lhe poderia ter acontecido a ela o que aconteceu a Mónica Silva.
À CMTV, a mulher contou que se conheceram num site de encontros e que se encontraram durante 5 a 6 anos. Durante esse período, o cliente a procurava uma a duas vezes por semana.
“O Fernando era uma pessoa super tranquila, super carinhosa. Nunca em dias da minha vida, eu poderia imaginar que ele fosse capaz de uma atrocidade destas. Mas a ser verdade que ele o fez, eu acho que ele é um monstro”, disse a mulher, ainda atordoada com todas estas acusações.
Também reage com choque à maneira como Fernando Valente tem falado sobre a sua relação com Mónica Silva.
“E chocou-me imenso o facto de ele se referir à Mónica como uma porcaria, eu foi exatamente isso que ele fez, ao dizer que só tinha tido um encontro de uma noite, que tinha tomado precauções para não pegar doenças- Ou seja, ele referiu-se à Mónica como uma mulher da noite, uma mulher sem interesse. Mas é mentira. O Fernando nunca se precavia durante as relações”, acusou esta acompanhante. “O Fernando não usava preservativo nunca, porque ele não conseguia”, acrescentou ainda.
Agora, espera que seja feita justiça. “Espero que ele realmente seja condenado e castigado, porque foi a Mónica, mas poderia ser eu”, concluiu esta mulher.
Fernando Valente poderá ter cometido um erro que lhe pode “custar a vida”, isto porque, foi numa tabacaria a cerca de 500 metros da empresa do pai, onde o suspeito de homicídio trabalhava, que Fernando Valente foi comprar um cartão de telemóvel.
Foi no dia 2 de outubro, um dia antes de assassinar Mónica Silva. O empresário da Murtosa decidiu usar um telefone velho que tinha em casa. Tinha sido comprado em 2013, não tinha GPS nem acesso à Internet, indica o Correio da Manhã.