A TAP Air Portugal registou um prejuízo líquido de 108,2 milhões

A TAP Air Portugal registou um prejuízo líquido de 108,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, agravando-se em 18,1 milhões em comparação com o mesmo período de 2024. Este desempenho negativo foi influenciado por fatores extraordinários, como a greve de 20 dias dos pilotos da Portugália e a deslocação da Páscoa para abril, em contraste com março do ano anterior. Estima-se que esses eventos tenham impactado os resultados operacionais em cerca de 30 a 40 milhões de euros.
Receitas Operacionais: Totalizaram 823,4 milhões de euros, uma diminuição de 4,5% face ao primeiro trimestre de 2024. A queda foi atribuída principalmente à redução das receitas de passagens aéreas, devido à estabilização da capacidade e ao aumento da concorrência nos principais mercados, especialmente no Brasil.
EBITDA Recorrente: Registou um valor positivo de 2,9 milhões de euros, uma redução significativa em comparação com o mesmo período do ano anterior. Excluindo os fatores extraordinários, o EBIT recorrente teria sido cerca de -85 milhões de euros, refletindo uma deterioração de aproximadamente 25 milhões de euros face ao primeiro trimestre de 2024.
Liquidez: A TAP encerrou o trimestre com uma posição de caixa de 1.203,2 milhões de euros, impulsionada pela entrada de capital e emissão de dívida, indicando uma base financeira sólida.
Perspetivas Futuras:Apesar dos desafios enfrentados, a TAP demonstra otimismo para o restante de 2025. As reservas estão em linha com o ano anterior, com uma recuperação visível desde o início de 2025. A companhia aérea prevê que o aumento da capacidade ajude a compensar a pressão sobre as receitas unitárias, embora a concorrência nos principais mercados continue intensa. Além disso, a TAP continuará a investir na modernização da frota, com a entrega prevista de um A320 NEO e dois A321 NEO, reforçando o compromisso com uma operação mais eficiente e sustentável.