Abono de Família em Portugal: vai reduzir ou aumentar em 2025?

O abono de família é um dos apoios sociais mais importantes em Portugal, garantindo uma ajuda financeira mensal a milhares de famílias com filhos. Sempre que surgem notícias sobre alterações neste subsídio, cresce a preocupação entre os beneficiários: afinal, o abono de família vai reduzir em 2025?

A resposta, para já, é não. Pelo contrário, o valor do abono foi atualizado em abril de 2025, com retroativos a janeiro, refletindo o aumento do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Esta atualização traduziu-se numa subida do montante atribuído às famílias, em particular no caso dos escalões mais baixos.

De acordo com a nova tabela, o valor máximo do primeiro escalão passou para 186,87 euros por mês para crianças até aos 36 meses de idade. Este aumento veio responder ao contexto de inflação e ao custo de vida elevado, garantindo um reforço do apoio às famílias com rendimentos mais baixos.

No entanto, é importante compreender que o abono de família está sujeito a escalões de rendimentos. Ou seja, as famílias não recebem todas o mesmo valor: o montante depende do número de dependentes e da situação económica do agregado. Isso significa que, em alguns casos, se os rendimentos aumentarem e as famílias mudarem de escalão, o apoio pode ser reduzido.

Ainda assim, não existe qualquer indicação oficial de que o Governo esteja a preparar um corte transversal no valor do abono de família. O que poderá acontecer, no futuro, são ajustes nos critérios de atribuição ou nos escalões de referência, algo que é revisto todos os anos no Orçamento do Estado.

Outro ponto a ter em conta é que, mesmo sem cortes, a inflação pode fazer com que o valor real do abono perca poder de compra. Embora o montante nominal suba, nem sempre acompanha totalmente o aumento dos preços, o que pode levar muitas famílias a sentir que o apoio “vale menos” na prática.

Em resumo, em 2025 o abono de família não vai reduzir em Portugal. Pelo contrário, os valores foram atualizados em alta e aplicados retroativamente. As famílias devem, no entanto, acompanhar de perto futuras alterações legislativas e as propostas do Orçamento do Estado, pois é aí que se definem os apoios sociais para o ano seguinte.