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Afinal a água de André Ventura estava

O que parecia um simples gesto — beber água durante um discurso — acabou por estar no centro do incidente que deixou André Ventura inconsciente por breves momentos. A cena, presenciada por dezenas de apoiantes e captada em vídeo, mostra o líder do Chega a levar a garrafa à boca, seguido de uma reação imediata: mão ao peito, rosto tenso, e depois o desmaio. A dúvida instalou-se: o que teria a água?

Rapidamente surgiram especulações nas redes sociais, com teorias que iam desde intoxicação alimentar até envenenamento. No entanto, os exames médicos realizados no Hospital de Faro afastaram todas essas hipóteses. Segundo a equipa médica, a água não estava contaminada nem continha qualquer substância estranha. A causa foi fisiológica.

De acordo com o relatório clínico, Ventura sofreu um espasmo esofágico, um fenómeno que pode ocorrer quando líquidos muito frios entram em contacto com a mucosa do esófago em pessoas sensíveis. Este espasmo, descrito por médicos como extremamente doloroso e por vezes confundido com sintomas cardíacos, foi agravado por um pico de tensão arterial.

A combinação de água fria, stress acumulado e cansaço extremo foi o “cocktail” que desencadeou a situação.Fontes médicas referem que, nestas circunstâncias, o corpo pode reagir com uma quebra momentânea de tensão, falta de ar e até perda de consciência — exatamente o que aconteceu com Ventura.

O episódio, ainda que não grave, serviu para alertar a comitiva de campanha sobre o estado físico do seu líder. Nos bastidores, membros do partido admitem que Ventura tem ignorado sinais de fadiga nas últimas semanas, com pouco descanso e excesso de compromissos diários.

Com a polémica em torno da garrafa de água finalmente esclarecida, o Chega tenta agora reorganizar a reta final da campanha, protegendo a imagem do seu líder e evitando novos sobressaltos. A comunicação social destaca que Ventura está determinado a manter-se na corrida, mas com mais precaução.

Este caso mostra como até algo tão banal como beber água pode, num determinado contexto, precipitar uma crise de saúde. E lembra a todos — figuras públicas ou não — que o corpo dá sinais que não devem ser ignorados, especialmente quando se vive sob pressão constante.

 

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