André Ventura pode enfrentar prisão após cartaz polémico sobre Bangladesh: “Isto aqui não é o Banco da Leste”
O líder do Chega volta a gerar controvérsia após exibir um cartaz associado a Bangladesh. Juristas apontam possível crime de incitamento ao ódio, punível com pena de prisão até três anos.

André Ventura, líder do partido Chega, volta a ser alvo de críticas e possíveis implicações judiciais depois de ter exibido um cartaz com a frase “Isto aqui não é o Banco da Leste”, numa clara alusão a Bangladesh e a outros países do leste e sul asiático.
O gesto, que ocorreu durante uma ação política, foi visto por muitos como uma mensagem de incitamento ao ódio e à discriminação, especialmente contra cidadãos estrangeiros. A frase foi interpretada como uma tentativa de associar o país asiático a práticas negativas, o que gerou uma onda de indignação nas redes sociais e entre várias entidades.
De acordo com o artigo 240.º do Código Penal português, quem promover ou incitar à discriminação, ódio ou violência com base na origem ou nacionalidade pode ser punido com pena de prisão até três anos. Juristas afirmam que, se o Ministério Público entender que houve intenção de incitar hostilidade, Ventura poderá ser formalmente acusado de crime de ódio.
As reações não tardaram: políticos, ativistas e cidadãos exigem que as autoridades investiguem o caso, considerando que se trata de uma ofensa a uma comunidade estrangeira que vive e trabalha legalmente em Portugal. Muitos classificam o cartaz como “vergonhoso” e “vergonha internacional”, acusando o líder do Chega de ultrapassar todos os limites da liberdade de expressão.
Do outro lado, apoiantes do partido defendem que o gesto foi apenas uma forma simbólica de protesto político, alegando que Ventura quis apenas criticar o sistema financeiro e a entrada de capitais estrangeiros sem controlo.
Até ao momento, o líder do Chega não reagiu oficialmente à polémica, mas o caso já está a gerar grande repercussão mediática e poderá ter consequências legais sérias.











