Após Floriane, em breve o jato polar trará uma nova depressão a Portugal
Após a passagem da depressão Floriane, uma nova depressão se aproxima de Portugal continental, trazendo consigo uma mudança no tempo. Com previsão de forte chuva, vento intenso, agitação marítima e até mesmo trovoada, os próximos dias prometem ser de instabilidade meteorológica. Abaixo, veja o que os especialistas preveem para os dias seguintes e como a situação vai evoluir.
Na noite de 5 de janeiro e no dia 6, as chuvas afetaram diversas regiões de Portugal, especialmente a norte do rio Mondego, devido a uma frente fria associada à depressão Floriane, nomeada pela Météo-France. As condições de tempo instável continuam, mas com intensidade menor, como aguaceiros intermitentes e alguma neve nos pontos mais elevados da Serra da Estrela, onde foi emitido aviso amarelo.
O cenário meteorológico para esta primeira metade de janeiro é fortemente condicionado por uma corrente de jato polar no Atlântico, que impulsiona depressões e frentes para a Península Ibérica. De quinta-feira (9) em diante, a crista anticiclónica deve assumir gradualmente o controlo, mas ainda haverá precipitação ocasional durante a semana, particularmente nas regiões do Norte e Centro.
Terça-feira, 7 de Janeiro: A precipitação associada a uma frente quente afetará a Região Norte, com chuva forte e persistente, especialmente no Minho, e estendendo-se a algumas zonas da Região Centro. Existe também a possibilidade de nevoeiro matinal no interior do país, e, em alguns locais, poderá ocorrer gelo nas estradas do interior Norte e Centro. O vento soprará do quadrante Sul, com rajadas fortes no litoral e terras altas. As temperaturas máximas subirão, enquanto as mínimas irão cair no interior.
Quarta-feira, 8 de Janeiro: Uma nova depressão, possivelmente chamada Garoe, trará uma frente fria ativa ao norte da Península Ibérica, com previsão de chuva intensa em várias regiões de Portugal continental. O vento de Sul soprá com grande intensidade, podendo atingir até 95 km/h no Minho e 85 km/h no Douro Litoral. A agitação marítima será significativa, com ondas de até 9 metros. Este dia será o mais agreste da semana, com possibilidade de trovoada e fortes aguaceiros.
Quinta-feira, 9 de Janeiro: Ainda afetados pela depressão Garoe, aguaceiros serão esperados, principalmente no Norte e Centro, com possibilidade de formação de nevoeiro em alguns locais. As temperaturas vão subir ligeiramente nas regiões do interior, mas o mar continuará agitado, com ondas entre 6 a 9 metros na costa ocidental e de 3 a 6 metros na costa meridional.
Para o fim de semana, a crista anticiclónica deve prevalecer em grande parte do país, trazendo estabilidade para a maioria das regiões. No entanto, a previsão indica que a precipitação pode continuar em algumas áreas do Norte, e o tempo poderá ser mais frio nas zonas interiores. Além disso, há uma possibilidade de a massa de ar frio se deslocar de leste para oeste, afetando as condições meteorológicas a partir de domingo (12).
Uma característica importante deste cenário é a presença de um “rio atmosférico”, um fenômeno que ocorre quando há um transporte horizontal de vapor de água no céu. Esse fenômeno pode aumentar a precipitação e, quando combinado com uma frente fria, intensificar a chuva em determinadas regiões, como as áreas expostas aos fluxos de Sudoeste.
Em resumo, a semana de 6 a 12 de janeiro será marcada por instabilidade meteorológica em Portugal, com a passagem de várias frentes e depressões. A chuva, o vento forte e a agitação marítima devem ser os principais impactos. As regiões mais afetadas serão o Norte e o Centro, com destaque para o Minho e o Douro Litoral, que enfrentarão os maiores volumes de precipitação. A população deve estar atenta aos alertas de mau tempo, especialmente quanto às condições de neve nas zonas altas e à forte agitação marítima.