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Chega deve é vai governar

Durante um momento de análise política, Ricardo Costa terá expressado que, numa democracia, se um partido como o Chega for eleito com um número significativo de votos e deputados, deve estar preparado para assumir responsabilidades governativas. Para o comentador, ignorar a vontade expressa nas urnas seria desrespeitar o processo democrático.

Segundo a sua visão, o crescimento expressivo do partido reflete um descontentamento real entre os eleitores, que não deve ser ignorado pelos partidos tradicionais. “Se os portugueses deram esse mandato, o sistema deve responder com maturidade política”, terá defendido.

Ricardo Costa consideraria ainda que o isolamento político de uma força com ampla representação parlamentar pode gerar mais polarização. Para ele, a solução está no debate aberto, na responsabilização democrática e na aceitação das regras do jogo.

Sem se posicionar ideologicamente, sublinhou que os partidos com grande representação têm o dever de mostrar ao país como governariam, e não apenas de fazer oposição ruidosa. “Ganha quem consegue governar para todos, não apenas para os seus”, terá concluído, numa reflexão sobre os desafios da nova configuração parlamentar.

Ricardo Costa terá ainda alertado para o risco de os partidos tradicionais continuarem a fingir que nada mudou. Segundo a sua leitura, a ascensão de novas forças políticas, como o Chega, é um reflexo direto da desconexão entre as elites políticas e a realidade de muitos cidadãos. “Se há milhões de pessoas a votar num partido, não é ignorando essas pessoas que se resolve o problema”, terá sublinhado.

Para ele, o papel da comunicação social e dos analistas não é excluir, mas compreender. Não se trata de apoiar ou rejeitar ideologias, mas de perceber porque tantos portugueses se sentem representados por vozes que antes estavam à margem. “É um erro pensar que se resolve o crescimento de um partido com silêncio. Resolve-se com debate, com confronto de ideias, com política”, terá dito.

O comentador também terá destacado que a responsabilidade de governar é o maior teste para qualquer partido. “Quando um partido deixa de gritar de fora e começa a tomar decisões, aí vê-se o que vale”, afirmou. Para Ricardo Costa, o verdadeiro desafio não é ganhar votos, é mostrar competência e capacidade de liderar para todos os portugueses.

Concluindo a sua análise, terá deixado uma reflexão: “Numa democracia madura, não se governa com medo nem se exclui com arrogância. Governa-se com quem tem votos. Se o Chega os tem, tem de mostrar ao que vem. E os outros que se preparem melhor para responder, porque a política não espera.”

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