Estabilidade atmosférica regressa esta semana: Sol está de volta e chuva faz pausa por tempo indeterminado – André do Tempo

A partir desta segunda feira, é esperado o inicio de um período seco e sem chuva em Portugal Continental. Esta semana marcará o regresso do sol e do tempo estável.
Esta segunda feira será ainda marcada por vestígios de instabilidade, com possibilidade para aguaceiros pontuais e períodos de céu nublado com boas abertas. É esperada uma subida das temperaturas, sobretudo da máxima.
Já a partir de terça, o sol vai predominar com nevoeiro noturno e estabilidade atmosférica. Prevê-se, ao longo da semana, subida das temperaturas, sobretudo das máximas, para valores acima dos 20ºC em vários pontos do país.
A época das alergias na primavera em Portugal começa geralmente quando as temperaturas começam a subir, marcando a transição do inverno para os meses mais quentes. Normalmente, isto acontece entre março e abril, altura em que as plantas iniciam a sua fase de floração, libertando grandes quantidades de pólen no ar.
Durante a primavera, várias espécies de árvores, ervas e gramíneas entram no seu ciclo de reprodução, espalhando pólen pelo ar. Para muitas pessoas, a exposição a estes pólenes desencadeia reações alérgicas, como espirros, olhos lacrimejantes, comichão, congestão nasal e até dificuldades respiratórias. O vento contribui para a propagação do pólen, tornando a alergia ainda mais intensa nos dias secos e quentes.
Os sintomas das alergias sazonais podem ser confundidos com os de uma constipação comum, mas há algumas diferenças importantes:
Nos casos mais graves, as alergias podem agravar condições respiratórias como a asma, levando a crises de falta de ar e pieira.
Embora não seja possível evitar completamente a exposição ao pólen, algumas medidas ajudam a reduzir o impacto das alergias. Acompanhar os boletins polínicos permite saber quando os níveis de pólen estão mais altos e assim reduzir a exposição. Manter as janelas fechadas em casa e no carro, especialmente em dias de vento, evita que o pólen entre nos espaços. Também é aconselhável evitar sair ao ar livre de manhã cedo e ao final da tarde, períodos em que a concentração de pólen no ar é maior. O uso de óculos de sol e máscaras pode minimizar o contacto do pólen com os olhos e vias respiratórias, reduzindo os sintomas. Além disso, tomar banho e trocar de roupa ao chegar a casa ajuda a remover qualquer pólen acumulado no corpo e cabelo. Para ambientes fechados, a utilização de filtros anti-pólen no carro e em sistemas de ventilação pode fazer diferença. Por fim, é essencial consultar um especialista para um diagnóstico adequado e para conhecer os melhores tratamentos, como anti-histamínicos ou vacinas para alergia.
Nos meses de março e abril, Portugal é frequentemente influenciado por anticiclones, especialmente pelo Anticiclone dos Açores, que desempenha um papel fundamental no clima da Península Ibérica. Dependendo da sua posição, pode trazer tempo seco e estável ou permitir a passagem de frentes atlânticas. Se estiver a oeste dos Açores, facilita a chegada de depressões e períodos de chuva, comuns no início da primavera. Se se estender sobre a Península Ibérica, bloqueia a entrada de sistemas meteorológicos, mantendo o tempo seco. Quando se desloca para norte, pode originar fluxos de leste, trazendo ar quente e seco, o que pode levar a temperaturas acima da média para a época.
Estas condições podem causar impactos como a subida das temperaturas, falta de precipitação, formação de nevoeiros noturnos matinais e um aumento da concentração de poluentes e pólen no ar, agravando os sintomas de alergias primaveris. Em alguns anos, um anticiclone persistente pode gerar calor anómalo, devido ao fluxo de ar quente vindo do norte de África. Assim, o anticiclone influencia diretamente a transição do inverno para a primavera em Portugal, podendo determinar se esta estação será mais húmida e instável ou mais seca e quente.
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