Frio intenso contribui para aumento de casos de Gripe A em Portugal

A descida acentuada das temperaturas registada nos últimos dias em várias regiões de Portugal está a criar um cenário favorável ao aumento dos casos de Gripe A, uma situação que está a merecer atenção por parte das autoridades de saúde e profissionais do setor.

Com a chegada do frio mais intenso, as pessoas tendem a permanecer mais tempo em espaços fechados e pouco ventilados, o que facilita a transmissão de vírus respiratórios. A Gripe A, conhecida pela sua rápida propagação durante os meses de inverno, surge assim com maior incidência, afetando sobretudo crianças, idosos e pessoas com doenças crónicas.

Segundo especialistas, o frio não provoca diretamente a gripe, mas contribui para o enfraquecimento das defesas naturais do organismo. As temperaturas baixas, associadas a alterações bruscas de clima, tornam o corpo mais vulnerável a infeções, criando condições ideais para a circulação do vírus.

Os sintomas mais comuns da Gripe A incluem febre elevada, dores musculares, tosse persistente, dor de garganta, fadiga intensa e, em alguns casos, dificuldades respiratórias. Embora muitas situações evoluam de forma favorável com repouso e acompanhamento adequado, há casos que podem agravar, levando a complicações que exigem cuidados médicos mais intensivos.

Os serviços de saúde têm vindo a registar um aumento da procura, sobretudo nos cuidados de saúde primários e nas urgências hospitalares, reflexo do crescimento das infeções respiratórias típicas desta altura do ano. As autoridades apelam à população para que utilize os serviços de saúde de forma responsável, procurando aconselhamento médico sempre que os sintomas se agravem ou persistam.

Como forma de prevenção, é recomendado o reforço de medidas simples, mas eficazes. Manter o corpo bem agasalhado, garantir uma alimentação equilibrada, hidratação adequada e descanso suficiente são fatores essenciais para fortalecer o sistema imunitário. A ventilação regular dos espaços fechados e a higiene frequente das mãos continuam a ser práticas fundamentais para reduzir o risco de contágio.

Os profissionais de saúde reforçam ainda a importância de evitar o contacto próximo com outras pessoas quando surgem sintomas gripais, de forma a travar a cadeia de transmissão. Sempre que possível, deve ser privilegiado o repouso em casa, evitando deslocações desnecessárias e ambientes com grande concentração de pessoas.

A vacinação continua a ser uma das principais ferramentas na prevenção das formas mais graves da gripe. Embora não impeça totalmente a infeção, contribui para reduzir a severidade dos sintomas e o risco de complicações, especialmente nos grupos mais vulneráveis.

As autoridades de saúde mantêm a situação sob acompanhamento e apelam à serenidade da população, sublinhando que a informação correta e a adoção de comportamentos preventivos são essenciais para enfrentar o período de inverno com maior segurança.

Com o frio a manter-se nos próximos dias, o alerta é claro: atenção aos sintomas, cuidados redobrados e responsabilidade coletiva são fundamentais para proteger a saúde individual e pública.