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Grávida da Murtosa: Novidades bombástica sobre a..

A ausência de um corpo físico continua a ser um dos maiores desafios do processo, mas não impediu o Ministério Público de formular uma acusação pesada. A acusação baseia-se em fortes indícios recolhidos através de perícias digitais, testemunhos e inconsistências nas declarações do arguido, Fernando Valente.

Especialistas forenses indicaram que o desaparecimento de Mónica Silva foi antecedido por um padrão de comportamento controlador por parte de Valente, incluindo tentativas de isolamento da vítima. Este tipo de perfil é comum em situações de violência doméstica extrema, o que reforça a tese de um homicídio premeditado.

A investigação digital revelou também tentativas de apagar dados de geolocalização e mensagens comprometedoras dos dispositivos móveis de Fernando Valente. Essas ações são interpretadas como tentativa de obstrução à justiça e demonstram, segundo a acusação, uma clara consciência de culpa.

Os advogados de defesa de Fernando Valente continuam a alegar inocência, sustentando que não há provas materiais que confirmem o homicídio e questionando a fiabilidade das testemunhas. No entanto, o clima de tensão em torno do julgamento é palpável, com protestos previstos à porta do tribunal no dia da primeira audiência.

As autoridades mantêm abertas outras frentes de investigação relacionadas com o possível local de ocultação do corpo. Foram realizadas buscas em zonas florestais e áreas costeiras da Murtosa e arredores, mas até ao momento sem sucesso.

O país acompanha este caso com atenção e inquietação, não só pela brutalidade do que é alegado, mas também pelo impacto emocional em torno de uma jovem mulher grávida, desaparecida sem deixar rasto. O desfecho deste julgamento poderá marcar um precedente importante em casos de homicídio sem corpo em Portugal.

 

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