Irmã mais de nova de Mónica Silva fala pela primeira vez e confessa que Fernando Valente

Depois de semanas de silêncio, a irmã mais nova de Mónica Silva quebrou finalmente o silêncio e revelou detalhes até agora desconhecidos sobre a relação entre a irmã e Fernando Valente, o principal suspeito da morte da jovem grávida da Murtosa. Em entrevista exclusiva a um canal de televisão, a jovem – cuja identidade está a ser preservada por motivos de segurança – emocionou-se ao recordar os últimos dias de vida de Mónica.
“Ela tinha medo. Tinha muito medo, mas ninguém a ouviu a tempo”, começou por dizer, entre lágrimas. Segundo a irmã, Mónica tentou afastar-se de Fernando várias vezes, mas era constantemente manipulada emocionalmente. “Ele não aceitava o fim. Chegava a chorar, implorar, e depois virava completamente. Era imprevisível”, acrescentou.
O momento mais chocante da entrevista foi quando a jovem confessou que Fernando Valente teria feito ameaças explícitas à família, semanas antes da tragédia. “Ele chegou a dizer que, se não ficasse com ela, não ficava ninguém”, contou, revelando que a irmã nunca apresentou queixa formal por medo de represálias. “Ela dizia que ia resolver sozinha. Nunca pensámos que fosse acabar assim…”
A irmã de Mónica acusa ainda o sistema de ter falhado com a jovem. “A Mónica pediu ajuda. Foi ao centro de saúde, falou com assistentes sociais, mas nunca a levaram verdadeiramente a sério. Era como se fosse mais uma”, desabafou.
Nas redes sociais, a entrevista já está a gerar uma enorme onda de comoção e revolta. Milhares de utilizadores estão a exigir justiça e medidas mais eficazes de proteção para vítimas de violência doméstica. O nome de Fernando Valente volta a estar em destaque, e o julgamento, que se aproxima, promete ser um dos mais mediáticos do ano.
A família de Mónica, apesar da dor, afirma que não descansará até ver justiça feita. A irmã termina a entrevista com uma frase que está a ser amplamente partilhada: “Ela morreu com medo. Agora, queremos viver com coragem e gritar o que ela já não pode dizer.”