Júlia Pinheira confessa: “Muito triste, muito chateada…“
Júlia Pinheiro foi uma das figuras públicas presentes na conferência “Não Fica Bem Falar de… Menopausa”. A apresentadora da SIC subiu ao palco para partilhar a sua experiência como mulher e a forma como vive a menopausa, uma vez que já está na menopausa há cerca de 10 anos. Júlia abordou um dos períodos mais desafiantes da sua vida, ao passar por esta fase normal na vida das mulheres.
“Há dois anos e meio sofri um afundanço, um colapso muito mais mental do que físico, que começou primeiro com uma perturbação de sono terrível. Deixei de dormir, de um dia para o outro. Instalou-se em mim uma revolução psicológica assustadora, com perdas de memória”, recorda.
“Estava constantemente insegura, tive situações profissionais em que estava aterrada, mas nunca deixei de trabalhar, nem disse nada a ninguém… Achei que estava a entrar num processo de saúde mental complexo, pensava que vinha aí uma depressão fortíssima… Fiquei muito afetada”.
A dada altura, o famoso rosto da SIC, apercebeu-se de que não estava a ter a ajuda que deveria nesta fase. “Eu estava muito triste, muito chateada, muito frágil, despersonalizada, é a única palavra que eu encontro, estava a sentir que a minha essência se estava a perder num sítio qualquer. Eu não estava a ir para um sítio bom nem saudável, estava triste, desmotivada, sem propósito, não era a mesma de sempre e foi esse o gatilho”, confessa. “Tive de mudar de médicos.”
“Não tínhamos ali um alinhamento daquilo que eram as minhas necessidades e do que aquelas pessoas me podiam oferecer e por isso mudei de médicos. É o que temos fazer, não devemos ter medo de fazer isto, se não estamos a ter os resultados que são aqueles que nos aliviam e que nos ajudam então mudamos de sitio, vamos procurar noutro lado”. Júlia Pinheiro revela ainda que recebeu a ajuda preciosa da colega da SIC, Liliana Campos.
“Estávamos a conversar um dia, ela estava a dizer que eu estava com um ar triste e eu estava a dizer que ela estava maravilhosa e foi aí aí cruzámos. Deu-me ali umas táticas e ela foi muito responsável por este meu processo e que resultou muito bem”. Diariamente no pequeno ecrã, a comunicadora assume que ainda não pensa muito na reforma.
“Eu não penso nisso porque não dá”, brinca. “Para já está tudo bem. Tenho 61 anos portanto ainda tenho que batalhar até aos 67, que é mais ou menos agora a idade da reforma. Eu creio que para lá da idade convencional da reforma que o Estado manda eu acho que não irei muito para além disso, não sei. Mas para já ainda não é possível”.