Limpa a cave da avó e encontra bilhete de lotaria premiado há 22 anos — ainda o vai tentar validar!

Uma história insólita está a gerar furor nas redes sociais depois de um jovem de Braga ter encontrado, por acaso, um bilhete do Totoloto datado de 2003, enquanto fazia uma simples limpeza de primavera na casa da avó, já falecida. O mais impressionante? O bilhete tem os números certos de um sorteio premiado com mais de 15 mil euros.
Segundo contou o próprio, a descoberta aconteceu enquanto esvaziava uma antiga arca de madeira na cave da habitação. Entre postais, talões antigos e livros, surgiu um envelope amarelado com vários papéis, incluindo um boletim do Totoloto já muito gasto — mas ainda legível. Por curiosidade, decidiu comparar os números com os do sorteio do respetivo ano e… coincidência total.
Intrigado, o jovem dirigiu-se de imediato a uma casa de apostas, onde lhe foi dito que a validação de prémios antigos depende de análise por parte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, entidade responsável pelos jogos sociais em Portugal. Apesar de o prazo legal de levantamento já ter expirado, o rapaz afirma que irá até às últimas consequências para tentar provar a titularidade e pedir uma exceção.
A casa onde foi encontrado o bilhete pertencia à sua avó, que terá falecido em 2021. A suspeita do neto é de que ela pode nunca ter se apercebido do prémio. “Talvez tenha jogado por rotina, guardado o bilhete no envelope e esquecido. Ou então nem verificou os números”, contou aos jornais locais.
Juristas comentam que o caso pode levantar uma discussão inédita sobre herança de prémios não reclamados e a eventual possibilidade de reverter o valor, mesmo que parcialmente, se houver documentação que comprove a ligação direta ao titular original — neste caso, a avó do jovem.
Nas redes sociais, a história tornou-se rapidamente viral. Muitos internautas ficaram divididos entre o apoio ao jovem e os comentários mais cépticos sobre a viabilidade legal do processo. Outros recordaram episódios parecidos noutros países, onde valores esquecidos acabaram por ser pagos anos depois.
Enquanto aguarda uma resposta oficial, o jovem diz estar tranquilo e esperançoso. “Se não conseguir o dinheiro, pelo menos fico com a história mais inacreditável que podia imaginar durante uma simples limpeza de primavera.” E se conseguir? “Faço uma festa à moda antiga, como a minha avó gostava.”