“Mentiu e fingiu”. Ricardo Martins Pereira comenta “ataque súbito…

As palavras de Ricardo Martins Pereira incendiaram as redes sociais, com milhares de comentários a dividir-se entre apoio e indignação. “Mentiu e fingiu” foi a frase mais partilhada, gerando reações imediatas entre apoiantes do Chega, que consideraram a acusação ofensiva e desrespeitosa, especialmente num momento de fragilidade de saúde.
Ricardo, por sua vez, manteve a sua posição e reforçou que tem o direito de duvidar da autenticidade do episódio.“Já vimos este tipo de encenações antes. Não estou a dizer que não tenha havido mal-estar, mas sim que o aproveitamento político foi evidente”, escreveu o influenciador digital, conhecido por não se coibir de opinar sobre temas políticos.
Especialistas em comunicação política, contactados por alguns meios de comunicação, afirmaram que o incidente, verdadeiro ou não, teve o efeito de humanizar Ventura, tornando-o mais vulnerável aos olhos do público — o que pode ser politicamente benéfico. Essa “vulnerabilidade controlada” é, segundo esses analistas, uma ferramenta frequentemente usada em campanhas intensas.
O silêncio do Chega quanto às declarações de Pereira é interpretado por alguns como uma tentativa de evitar dar palco ao comentador. Fontes internas do partido afirmam que a prioridade é focar-se na recuperação de Ventura e não entrar em polémicas “sem fundamento”.
Entretanto, o próprio Ventura, em declarações breves após a alta hospitalar, limitou-se a agradecer o apoio recebido e sublinhou que está focado em continuar a campanha com responsabilidade. Sobre os comentários de Pereira, recusou-se a responder: “Não me vou pronunciar sobre gente que procura visibilidade à custa de situações delicadas.”
Este confronto verbal entre uma figura mediática e um líder político volta a demonstrar o clima polarizado da política portuguesa. Enquanto uns exigem mais respeito e contenção, outros defendem que figuras públicas devem estar abertas ao escrutínio — mesmo em momentos sensíveis.
Resta agora saber se Ventura irá adotar uma postura mais reservada nos próximos dias ou se utilizará este episódio como reforço da sua narrativa de resistência. Certo é que, com ou sem polémicas, o incidente em Tavira continuará a marcar o ritmo desta fase da campanha.