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“Nana Caymmi: A Voz que Fez do Tempo Canção”

intérpretes da música popular brasileira, faleceu em 1º de maio de 2025, aos 83 anos, no Rio de Janeiro. Filha de Dorival Caymmi e irmã de Dori e Danilo Caymmi, ela construiu uma carreira marcada por interpretações emocionantes, especialmente no repertório da MPB e da canção romântica brasileira.A morte de Nana causou grande comoção tanto no Brasil quanto em Portugal, onde ela tinha muitos admiradores. Nas redes sociais, artistas como Caetano Veloso, Gal Costa (em homenagens póstumas), Marisa Monte e outros prestaram tributos. Vários fãs partilharam vídeos e áudios de clássicos como Resposta ao Tempo, Atrás da Porta e Não se Esqueça de Mim — canções que ficaram eternizadas na sua voz.

Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, ela estreou artisticamente aos 19 anos e, ao longo de mais de seis décadas de carreira, construiu um repertório sólido, sofisticado e comovente. Clássicos como Resposta ao Tempo, Atrás da Porta, Acalanto e Não se Esqueça de Mim permanecem como retratos sonoros de uma artista que nunca precisou de artifícios para emocionar — bastava sua voz.

Nana partiu aos 84 anos, após meses internada em decorrência de complicações cardíacas, deixando um legado de mais de 20 álbuns e inúmeras colaborações com grandes nomes da MPB. O velório no Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi marcado por silêncio respeitoso, lágrimas e música — a trilha de uma despedida digna de quem viveu para cantar.

Nas redes sociais, artistas e fãs expressaram sua gratidão. Em Portugal, onde sua música também tocou gerações, as homenagens ecoaram com carinho e reverência. Sua filha, Stella Caymmi, emocionou ao lembrar a canção “Acalanto”, composta por Dorival para embalar a filha que agora reencontra os pais no silêncio eterno.Nana Caymmi não era só uma cantora — era uma intérprete de almas. E ainda que o corpo descanse, sua voz seguirá viva, atravessando o tempo com a mesma força serena e inconfundível de sempre. A música brasileira hoje chora, mas também celebra uma vida que fez da emoção um ofício.

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