Pai de Mónica Silva faz CONFISSÃO INÉDITA sobre a filha e

O caso de Mónica Silva, desaparecida desde outubro de 2023, continua a comover o país. Recentemente, o seu pai, Alfredo Silva, fez uma confissão inédita durante o julgamento de Fernando Valente, principal suspeito do desaparecimento da filha.
Durante o seu depoimento no Tribunal de Aveiro, Alfredo Silva expressou a profunda dor e revolta que sente desde o desaparecimento de Mónica. Emocionado, revelou que, ao olhar para Fernando Valente no tribunal, este nunca lhe retribuiu o olhar, o que interpretou como um sinal de frieza e indiferença. Confessou ainda que teve vontade de chamar “assassino” ao arguido, mas conteve-se por respeito às pessoas presentes na sala de audiências.
A família de Mónica tem demonstrado grande união e determinação em busca de justiça. Os pais, Alfredo e Celeste Silva, têm acompanhado de perto o julgamento e partilhado publicamente o impacto devastador que o desaparecimento da filha teve nas suas vidas e na dos netos. Em entrevistas recentes, expressaram a tristeza profunda que sentem ao ver o sofrimento dos netos, especialmente do mais velho, que demonstra revolta e saudade da mãe.
O julgamento de Fernando Valente decorre à porta fechada no Tribunal de Aveiro, com o arguido acusado de homicídio qualificado, aborto e profanação de cadáver. A família de Mónica continua a lutar por justiça, mantendo viva a memória da filha e procurando respostas para o seu desaparecimento.
Durante o depoimento em tribunal, Alfredo Silva descreveu com grande emoção o último dia em que viu a filha. Recordou como Mónica parecia estar bem, embora preocupada com a situação pessoal que vivia com o ex-companheiro, Fernando Valente. O pai lamentou não ter percebido os sinais de alarme e revelou sentir culpa por não ter conseguido protegê-la.
A confissão mais marcante feita por Alfredo Silva foi o reconhecimento de que, no íntimo, já não acredita que a filha esteja viva. Entre lágrimas, confessou que o tempo e os indícios o levaram a aceitar essa dura realidade, mesmo continuando a alimentar a esperança de um milagre. Disse que essa aceitação lhe parte o coração, mas sente que é necessário para conseguir apoiar os netos.
O tribunal ouviu ainda a mãe de Mónica, Celeste Silva, que descreveu a filha como uma mulher corajosa, dedicada aos filhos e que sonhava com uma vida tranquila, longe de conflitos. Segundo ela, Mónica tinha medo de Fernando, embora tentasse manter a relação minimamente estável para o bem das crianças.
Nas sessões do julgamento, o silêncio do arguido tem sido interpretado como frieza e desrespeito pela dor da família. Fernando Valente mantém-se calado na maioria das audiências, limitando-se a ouvir as acusações e os testemunhos emocionados de familiares e amigos da vítima.
A comunidade de Aveiro tem demonstrado grande solidariedade com a família Silva. Várias vigílias têm sido organizadas desde o desaparecimento de Mónica, onde se acendem velas e se partilham mensagens de apoio. O caso gerou comoção nacional, com milhares de pessoas a acompanharem o julgamento e a exigirem justiça.
O Ministério Público baseia a acusação em provas circunstanciais e nos relatos de pessoas próximas do casal, que confirmam um histórico de comportamentos possessivos e ameaçadores por parte de Fernando. Apesar da ausência do corpo, o MP defende que os indícios são suficientes para sustentar a acusação de homicídio.
A defesa de Fernando Valente tem contestado todas as acusações, alegando ausência de provas materiais e tentando descredibilizar os testemunhos apresentados. A estratégia tem sido criticada publicamente, sendo vista por muitos como uma tentativa de desacreditar a vítima.
A juíza responsável pelo caso já admitiu que se trata de um dos processos mais delicados e emocionalmente intensos com que já lidou. A decisão final está prevista para os próximos meses, podendo Fernando Valente enfrentar uma pena pesada caso seja considerado culpado.
Este julgamento é visto como um símbolo da luta contra a violência doméstica e da necessidade de garantir maior proteção às vítimas. A família de Mónica espera que o desfecho traga alguma paz e que sirva de alerta para evitar mais tragédias semelhantes.