Pedro Nuno Santos viveu drama no casamento quando perdeu filho – Imprensa

Um ano depois, Pedro Nuno Santos prepara-se para nova tentativa de chegar a primeiro-ministro de Portugal, após os incidentes com Luís Montenegro, que culminaram na queda do Governo do PSD, nesta terça-feira, e empurram o país para novas eleições legislativas, já em maio.
Pedro Nuno Santos voltará a ser o candidato do PS, numa campanha que será curta, e ao que tudo indica sem a presença da esposa, Ana Catarina Gamboa, tal como aconteceu nas eleições anteriores.
Como casal, preferem manter esta relação mais privada, apesar de Pedro Nuno Santos ir revelando alguns detalhes, durante entrevistas mais pessoais. No entanto, assume que esta sua liderança do PS apenas o vincula a ele, daí a esposa e o filho, Sebastião, de 7 anos, se manterem arredados deste seu mundo mais público.
Pedro Nuno Santos e Ana Catarina Gamboa conheceram-se na política, vida que a esposa acabou por abandonar, para que não suscitasse desconfianças aos eleitores, na altura em que o marido ascendeu a ministro das infraestruturas, no governo de António Costa.
“Podia dizer que a nossa história é tão banal como a de qualquer outro casal. Mas compreendo que o grau de escrutínio público a que estamos sujeitos, pelas nossas funções, não possa ser banal. É por compreender essa necessidade de transparência que também gostaria que compreendessem que não posso abdicar da defesa de um princípio que considero muito importante: o de que ninguém deve ocupar uma função profissional por favor, como ninguém deve ser prejudicado na sua vida profissional por causa do marido, da mulher, da mãe ou do pai”, dizia o secretário-geral do PS, quando Ana Catarina Gamboa abdicou das funções de chefe de gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, em 2019.
“Foi na política que conheci uma jovem militante da equipa concelhia do Duarte [Cordeiro]. Uma mulher bonita, divertida e com muita graça, inteligente, desafiadora e, sobretudo, competente. Ela era inquieta, rebelde, sempre pronta a desafiar e a questionar as minhas decisões. Mas apesar de chocarmos muito, gostava da personalidade dela e do seu instinto político”, recordou Pedro Nuno Santos.
Da relação, nasceu Sebastião, agora com 7 anos, mas nem tudo tem sido fácil neste casamento. “Os últimos dois anos não foram anos fáceis e, portanto, eles também sofreram com isso. É natural que eles sintam ausência, a minha ansiedade, a minha angústia, as alegrias e as tristezas. O meu filho sente muito a ausência do pai, faz notar isso e isso preocupa-me. Primeiro, porque queria estar com ele e isso faz-me falta também a mim. (…) Normalmente sou eu que o deito à noite, mas isso não tem acontecido e ele telefona-me e pergunta-me quanto tempo é que eu demoro, a que horas é que chego e eu digo a verdade”, contou, emotivo, o secretário-geral do PS, que também abordou, no passado, a impossibilidade de terem dado um irmão a Sebastião, como o menino e os pais tanto queriam. Porém, o sonho ruiu em 2022, no momento mais duro da vida de Pedro Nuno e Ana Catarina.
“Havia projetos de vida que nós não conseguimos, e que foram muito duros. Nem sempre se consegue tudo o que desejamos. Também queríamos uma família maior e nunca conseguimos. Houve desejos que muitas famílias têm e, desse ponto de vista, 2022 foi muito duro. Como é que uma coisa tão importante para nós, que nos aconteceu, e depois tenho de fazer de conta que estava como antes? Foi um ano de altos e baixos. Tivemos uma grande alegria e depois temos uma grande desilusão. O Sebastião pedia um irmão e o nosso filho é a melhor coisa que temos na nossa vida.
“2022 foi um ano terrível. Só se fosse um sociopata é que não sentiria nada”, disse Pedro Nuno Santos, sobre o aborto que a esposa sofreu, impossibilitando-os de serem novamente pais.
Sobre a ausência da esposa na campanha política, Pedro Nuno Santos defende a decisão tomada pela família. “Muitos políticos em Portugal fazem questão – eu nunca gostei – de aparecer com a mulher no palco. A Catarina não gosta disso, não quer e eu respeito isso. Aliás, acho que depois não nos podemos queixar. Se queremos expor a nossa vida familiar e depois, ao mesmo tempo, não queremos que se fale sobre ela. Até agora tenho conseguido fazer essa gestão”, disse o candidato a primeiro-ministro.
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