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Portugal de luto morreu nossa querida com

A televisão pública portuguesa perdeu uma das suas vozes mais criativas e influentes. Paula Macedo, realizadora da RTP com uma carreira de mais de três décadas, faleceu aos 61 anos na sequência de um incêndio que deflagrou na garagem da sua habitação na Ericeira, na tarde de quarta-feira, 30 de abril.

O alerta foi dado cerca das 14h30. Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram o corpo sem vida da realizadora. Outras quatro mulheres sofreram ferimentos ligeiros. As autoridades estão a investigar a origem do incêndio, que permanece por esclarecer.

Paula Macedo iniciou a sua carreira na RTP em 1989 como anotadora. Ao longo dos anos, destacou-se em projetos marcantes como “Casino Royal”, de Herman José, o “Festival da Canção” e inúmeras produções de entretenimento, cultura e desporto. Foi também uma das fundadoras da Sport TV, nos tempos iniciais da estação.

O seu legado teve projeção internacional quando, em 2018, se tornou a primeira realizadora europeia a dirigir partes do Eurovision Song Contest, em Lisboa, liderando a realização da primeira semifinal e da grande final. O Festival da Canção de 2017, que lançou Salvador Sobral ao estrelato, também esteve sob sua direção.

A notícia da sua morte gerou comoção entre colegas e figuras públicas. Tânia Ribas de Oliveira, apresentadora da RTP, partilhou uma homenagem sentida nas redes sociais:
“Adoro-te, Paulinha. Espero que me ouças. Ouves? Adoro-te e estou aqui, sempre a rir contigo e a ouvir em loop a tua gargalhada. Para sempre. Vais fazer-nos tanta, mas tanta falta…”

A RTP, segundo fontes internas, prepara uma homenagem oficial à profissional que marcou gerações e elevou os padrões da televisão portuguesa.

Paula Macedo parte deixando um legado de inovação, paixão pela realização e uma influência duradoura na história do audiovisual nacional.

 

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