Tenta matar o próprio pai

Uma noite que parecia ser apenas mais uma dentro de um lar familiar no Porto acabou por se transformar num cenário de violência extrema. Uma mulher de 27 anos foi detida pelas autoridades por tentativa de homicídio do próprio pai, um homem de 67 anos, na sequência de uma discussão acalorada.
O episódio ocorreu numa habitação localizada na zona do Bonfim, uma área residencial da cidade do Porto. Segundo relatos apurados pelas autoridades, a discussão terá começado por motivos relacionados com o consumo excessivo de álcool por parte da jovem, algo que já vinha sendo motivo de tensão dentro da família.
Durante a altercação, e após palavras mais duras trocadas entre os dois, a mulher terá perdido o controlo emocional. Num momento de fúria, dirigiu-se à cozinha, agarrou uma faca e avançou sobre o pai, desferindo vários golpes. Os ferimentos atingiram a vítima na mão, omoplata e zona do tórax, levando-o a sangrar abundantemente.
O pai, embora gravemente ferido, conseguiu pedir ajuda e foi assistido por vizinhos, que acionaram os meios de emergência. A rápida resposta dos serviços de socorro foi essencial para estabilizar o estado de saúde da vítima, que foi de imediato transportada para o hospital. Apesar da gravidade das lesões, a sua vida não corre perigo.
A mulher foi detida ainda no local pelas autoridades, que a encontraram em estado de grande agitação. Durante a detenção, foi necessário acalmá-la e retirá-la do ambiente de conflito. A suspeita não tinha antecedentes criminais conhecidos, mas os vizinhos relatam um histórico de desentendimentos familiares recorrentes.
Já sob custódia policial, a mulher será presente ao juiz para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação. A acusação poderá incluir tentativa de homicídio qualificado, crime que, a ser provado, poderá conduzir a uma pena de prisão efetiva.
Este caso volta a lançar luz sobre os dramas silenciosos que ocorrem dentro de portas em muitas famílias portuguesas. A violência doméstica, seja ela física ou psicológica, continua a ser uma realidade perturbadora que afeta todas as idades e classes sociais — e, por vezes, culmina em tragédias evitáveis.