Trancada pela mãe, nua, numa cave, durante quatro meses, menina morreu à fome
Luso-francesa acusada de deixar filha morrer à fome
A luso-francesa Sandrine Pissara, acusada de torturar e deixar a filha, Amandine de 13 anos, morrer à fome em 2020, admitiu esta quinta-feira ser “uma mãe monstruosa”, perante o Tribunal de Hérault, em Montpellier.
“Sou uma mãe monstruosa”, disse Sandrine Pissarra, de 54 anos. A mãe da menina revelou que agrediu Amandine “porque ela era parecida com o pai”. No início do confinamento, em 2020, foi mantida numa cave completamente nua. Morreu de fome, com apenas 28 quilos.Trancada numa cave e nua, “para não poder esconder comida nos bolsos”, como foi descrito em tribunal. Ainda afirmou que castigava a filha “por tudo”, isolando-a numa arrecadação e privando-a de comida e bebida,
Nos últimos anos, Sandrine Pissara negou que a filha tivesse sido vítima de maus tratos, mas agora admitiu a violência. O médico legista que realizou a autópsia disse que a menina tinha estado subnutrida “durante três ou quatro meses”.
Esta sexta-feira, Sandrine Pissarra foi condenada a prisão perpétua com um período de segurança de 20 anos no Tribunal de Hérault, em Montpellier, França. O padrasto também foi considerado culpado.