ÚLTIMA HORA: Caso grávida da Murtosa: pai de Fernando Valente , acusação diz que ajudou a l

O caso da jovem grávida desaparecida na Murtosa continua a chocar o país, agora com uma nova reviravolta. O pai de Fernando Valente, principal suspeito do crime, está a ser formalmente implicado na investigação por alegadamente ter ajudado a encobrir os factos após o desaparecimento de Mónica Silva.
De acordo com a acusação, o pai do arguido terá colaborado na ocultação do corpo da vítima, recorrendo a métodos destinados a eliminar provas, incluindo o uso de substâncias químicas para dificultar o trabalho das autoridades. Esta alegada participação eleva a complexidade do processo e abre novas linhas de investigação sobre até onde vai o envolvimento familiar na tentativa de apagar vestígios do sucedido.
Mónica Silva, grávida de sete meses, desapareceu de forma repentina depois de informar Fernando Valente sobre a gestação. A tese da acusação aponta para a possibilidade de o crime ter sido motivado por rejeição da paternidade e o receio de comprometer o património ou a imagem pública do arguido. O desaparecimento abrupto e o silêncio que se seguiu levantaram desde cedo suspeitas de homicídio e ocultação de cadáver.
Agora, com a inclusão do pai no processo, a narrativa ganha novos contornos: não se trata apenas de um alegado homicídio, mas sim de uma ação coordenada entre familiares para eliminar provas e impedir a responsabilização criminal. As autoridades acreditam que a destruição de vestígios foi premeditada, dificultando de forma significativa a localização do corpo da jovem.
A acusação defende que o encobrimento foi essencial para o plano de ocultação, o que poderá agravar as penas a aplicar aos envolvidos. O Ministério Público pretende apurar se existiram outros cúmplices e se o plano foi arquitetado com antecedência ou executado após um impulso violento.
O julgamento de Fernando Valente prossegue, e agora inclui a análise do papel do seu pai. Ambos negam envolvimento direto nos acontecimentos, mas os indícios recolhidos até ao momento sustentam a acusação de homicídio qualificado e destruição de provas.
Este caso, que já provocou profunda comoção na sociedade, sublinha a gravidade dos crimes cometidos em contexto de relações pessoais e familiares, e reforça o debate público sobre violência oculta e justiça. A ausência do corpo da vítima continua a ser um dos pontos críticos da investigação, dificultando o encerramento emocional da família e o esclarecimento completo dos factos.
O país aguarda por respostas, enquanto o tribunal prossegue com a análise das provas e depoimentos, numa tentativa de reconstruir os acontecimentos que levaram ao desaparecimento trágico de Mónica Silva e do bebé que carregava.