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Vacina da gripe: quando é recomendada e quem deve tomar

Alerta Vacina da gripe: quando é recomendada e quem deve tomar

Vacina da gripe: deve ou não deve tomar?

Com a chegada do tempo frio e o aumento das infeções respiratórias, volta a surgir uma dúvida recorrente entre muitos portugueses: vale a pena tomar a vacina da gripe ou não? Todos os anos, esta questão gera debate, opiniões divergentes e alguma desinformação, apesar de a vacinação ser uma prática amplamente recomendada pelas autoridades de saúde.

A gripe é uma doença respiratória contagiosa causada por vírus que circulam sobretudo durante o outono e o inverno. Ao contrário de uma constipação comum, a gripe pode provocar sintomas intensos, como febre alta, dores musculares, tosse persistente, cansaço extremo e, em alguns casos, complicações graves que levam ao internamento hospitalar.

A vacina da gripe é atualizada anualmente para responder às estirpes do vírus que, segundo previsões científicas, terão maior probabilidade de circular em cada época gripal. Por esse motivo, a vacinação precisa de ser repetida todos os anos, uma vez que a proteção diminui com o tempo e o vírus sofre mutações frequentes.

Segundo os especialistas, a vacina não impede totalmente a infeção, mas reduz de forma significativa o risco de desenvolver formas graves da doença. Pessoas vacinadas que acabam por contrair gripe tendem a apresentar sintomas mais leves e menor probabilidade de complicações, como pneumonia ou agravamento de doenças crónicas.

As autoridades de saúde recomendam fortemente a vacinação a determinados grupos considerados de maior risco. Entre eles estão os idosos, as grávidas, as crianças pequenas, as pessoas com doenças crónicas como diabetes, problemas cardíacos ou respiratórios, e os profissionais de saúde que estão mais expostos ao contacto com o vírus.

Para estas pessoas, a vacina é vista como uma medida essencial de proteção individual e coletiva. Ao reduzir o número de infeções graves, a vacinação contribui também para aliviar a pressão sobre os serviços de saúde, especialmente durante os meses de maior procura nas urgências hospitalares.

No entanto, existe ainda uma parte da população que opta por não se vacinar. Alguns alegam nunca ter tido gripe, outros receiam efeitos secundários ou acreditam que a vacina pode causar a própria doença. Os profissionais de saúde esclarecem que a vacina não contém vírus vivos capazes de provocar gripe, sendo os efeitos adversos geralmente ligeiros, como dor no local da injeção ou algum mal-estar temporário.

Outro argumento frequentemente apresentado é a ideia de que o organismo “fica mais fraco” ao ser vacinado. Os especialistas explicam que acontece exatamente o contrário: a vacina estimula o sistema imunitário a criar defesas específicas contra o vírus, preparando o corpo para responder de forma mais eficaz caso haja contacto com a gripe.

É importante também distinguir gripe de constipação. Muitas pessoas acreditam ter tido gripe quando, na verdade, sofreram apenas de uma infeção respiratória ligeira. Esta confusão contribui para a desvalorização da doença e para a perceção errada de que a vacina é desnecessária.

A decisão de tomar a vacina deve ter em conta o estado de saúde de cada pessoa, a idade, o contexto profissional e o contacto com grupos vulneráveis. Mesmo pessoas saudáveis podem beneficiar da vacinação, uma vez que reduzem o risco de transmitir o vírus a familiares, colegas de trabalho ou pessoas mais frágeis.

Em Portugal, a vacina da gripe está disponível gratuitamente para vários grupos prioritários, através do Serviço Nacional de Saúde. Para os restantes cidadãos, pode ser adquirida em farmácias, mediante prescrição médica, sendo considerada segura e eficaz pela comunidade científica.

Os médicos alertam ainda para o facto de a gripe não ser uma doença inofensiva. Todos os anos são registados casos de internamento e mortes associadas à gripe, sobretudo entre idosos e pessoas com sistemas imunitários mais debilitados. A vacinação é vista como uma das principais ferramentas para reduzir este impacto.

Outro aspeto relevante é o momento da vacinação. A proteção não é imediata, sendo necessário algum tempo para que o organismo desenvolva imunidade após a administração da vacina. Por isso, os especialistas recomendam que a vacinação seja feita antes do pico da época gripal, garantindo maior eficácia.

Apesar de todas as recomendações, a decisão final é individual. No entanto, os profissionais de saúde sublinham que a escolha deve ser baseada em informação fidedigna e não em mitos ou receios infundados. Consultar o médico de família ou um profissional de saúde é a melhor forma de esclarecer dúvidas e tomar uma decisão informada.

Num contexto em que os serviços de saúde enfrentam maior pressão durante o inverno, a vacinação surge também como um ato de responsabilidade coletiva. Menos casos graves significam menos internamentos, menos urgências sobrelotadas e maior capacidade de resposta para outras situações clínicas.

Em conclusão, a maioria dos especialistas concorda que tomar a vacina da gripe é uma medida aconselhável, sobretudo para quem integra grupos de risco ou convive com pessoas vulneráveis. Embora não seja obrigatória, a vacinação continua a ser uma das formas mais eficazes de prevenir complicações e proteger a saúde pública.

Com o inverno a avançar e os casos de gripe a aumentar, a informação clara e a prevenção assumem um papel central. A decisão de vacinar-se pode fazer a diferença, não só para a saúde individual, mas também para o bem-estar da comunidade em geral.

 

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